Foto: Diulgação.
O ano passado foi desastroso para cidade de Mariana, do interior de Minas Gerais. Barragens da mineradora Samarco romperam e Mariana ficou imersa à destruição de muita lama. Tentando reconstruir a cidade e melhorar as atuais condições de vida da população local, um projeto, batizado de Tijolos de Mariana, tem o intuito de transformar a lama de mariana em tijolos para a reconstrução de casas populares, hospitais e escolas para cerca de 400 famílias. A ideia central do projeto é aproveitar a quantidade enorme de rejeitos que se espalhou por Mariana e no entorno, transformando-as em algo útil, ajudando na reconstrução da cidade. O Tijolos de Mariana é fruto de uma parceria das empresas Grey Brasi, Ecobrick (empresa de tijolos ecológicos) e os alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A ideia é que a fábrica do projeto, funcione com a mão de obra local, gerando 80 empregos diretos e indiretos à comunidade. Até o momento, foram fabricados apenas tijolos artesanais simbólicos, produzidos em Campinas, com o objetivo de divulgar a campanha para angariar fundos para a construção da fábrica em Mariana.
Foto: Divulgação.
Todos os tijolos contam com a letra “M” em homenagem à cidade de Mariana, e se tudo der certo poderão ser encontrados à venda em lojas nacionais, com lucro revertido para ajudar a região. Atualmente, há um projeto de financiamento coletivo criado para ajudar o projeto Tijolos de Mariana , com valores de R$ 25 a R$ 5 mil. O processo de fabricação, segundo os fabricantes, começa com a filtração da lama, que é transformada em um composto limpo e atóxico. Posteriormente, essa lama ganha um formato de tijolo através de um processo ecológico que não envolve a emissão de gases. Segundo os criadores, esses tijolos são até sete vezes mais resistentes que os tijolos comuns. Outro projeto que tem aproveitado a lama de Mariana foi encabeçado pela empresa Lepri. A marca desenvolveu uma técnica para reaproveitar a lama na produção da linha de revestimento cerâmico Brick Natura. Parte do lucro da venda da linha será revertido em doação para a cooperativa Linhares, afetada com a tragédia. A intenção da empresa é introduzir a técnica de reaproveitamento em outras linhas.
Revestimento em cerâmica da Lepri.
Se provado que o material não é tóxico e não apresenta risco aos trabalhadores e usuários, essas Iniciativas mostrarão que o reaproveitamento, além de ser fundamental para o meio ambiente, pode ajudar a reconstruir uma cidade.
Disponível em: <http://sustentarqui.com.br/acabamentos/lama-de-mariana-reconstrucao/>
Acesso em 05 de Novembro de 2016
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