Resíduos sólidos para a produção de insumos da arquitetura sustentável

Processo de produção Santa Luzia – Divulgação
Resíduos sólidos para a produção de insumos da arquitetura sustentável
Indústria Santa Luzia prova ser possível reciclar para dar vida a materiais de construção responsáveis
Conhecida no setor de construção por seus revestimentos, rodapés e guarnições, a Indústria Santa Luzia tem se tornado referência quando o assunto é arquitetura verde. O motivo está nos perfis da marca, que fazem uso de resíduos sólidos para a sua produção, especificamente de poliestireno expandido (EPS) reciclado. Desde fevereiro deste ano, as linhas de todos os seus artigos passaram a contar com o respeitado Selo RGMat, importante declaração ambiental de produto que atesta os aspectos ambientais de materiais da construção.Inclusive, o conceito de reciclagem de resíduos sólidos da Santa Luzia, como matéria-prima base de seus perfis, é um grande diferencial para a obtenção de pontos em projetos sustentáveis, dentre eles o LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design). Diante disso, a certificação RGMat da empresa é um facilitador a construtoras e profissionais do setor interessados em adotar medidas sociais, econômicas e ecologicamente responsáveis em suas obras, uma vez que disponibiliza a análise do grau de sustentabilidade dos produtos da marca.

Pontos dos produtos Santa Luzia para o LEED – Divulgação
A recuperação de resíduos sólidos da Santa Luzia
Processos, vantagens e objetivos


E é aí que está a grande sacada sustentável de atuação da empresa: para a produção de seus perfis, não é preciso extrair sequer um insumo virgem da natureza, em vista da abundância de resíduos industriais hoje disponíveis. Além disso, segundo Vitor Favro, não há um único produto da Santa Luzia que não se insira no conceito de logística reversa. “Criamos nossos artigos e, quando trocados ou inutilizados, seus resíduos sólidos voltam para a fábrica e são novamente utilizados, transformando-se em novos produtos”.
Destinação de resíduos sólidos: os desafios do processo

Porém, apesar das vantagens de sua operação, para “fechar a conta” de forma ainda mais positiva, a Santa Luzia – bem como outras fábricas nacionais que tenham o reaproveitamento de resíduos sólidos como base de suas mercadorias – tem de enfrentar certas disputas, ainda difíceis de vencer. Trata-se da falta de incentivo do poder público e de sua onerosa carga tributária cobrada em relação aos processos de reciclagem do EPS e PU, sem contar o caro transporte e a informalidade da atividade de reciclagem.

De acordo com Favro, os impostos são cobrados em todas as etapas do processo, especialmente na logística e na cadeia da reciclagem para aquisição dos resíduos sólidos, o que faz em muitos casos o uso de matéria-prima virgem ser mais atrativo à indústria. “O maior desafio das indústrias que reaproveitam esse tipo de insumo está em fazê-lo chegar na fábrica com um custo menor – o que depende de ações governamentais e da própria indústria –, detalhe essencial que beneficiará todos os envolvidos, sobretudo o consumidor”, reforça.

Vale destacar que, mesmo com o cenário desfavorável, a Indústria Santa Luzia consegue equilibrar três pilares fundamentais de sustentabilidade. Atende em âmbito social, uma vez que canaliza a coleta dos resíduos sólidos nas cooperativas, auxiliando-as no processo e gerando renda aos cooperados. Economicamente, porque consegue entregar ao mercado produtos acessíveis ser competitiva com seus produtos. E, acima de tudo, ambientalmente, já que são inúmeros os benefícios ecológicos proporcionados por seus métodos de produção.
Disponível em: <http://www.temsustentavel.com.br/residuos-solidos-para-producao-de-insumos-da-arquitetura-sustentavel/>
Acesso em 13 de Outubro de 2016.
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